E AGORA?
Ganhe quem ganhar, neste domingo, Lula inicia sua caminhada para ex-presidente. Um assombro, ser ex. Aonde vai parar o ex quando 1º de janeiro chegar? Sem caneta, sem Diário Oficial, sem mando, um cidadão como outro qualquer, sem cartão corporativo. Como está na Constituição, ele terá direito a dois seguranças a vida inteira e ao salário de ex-presidente, tal qual os outros ainda vivos – Collor, Itamar, Sarney e FHC.
Lula, em pouco tempo, não terá mais a seu lado os áulicos dos últimos oito anos. E será lembrado mais pelo que não fez, já que o que fez fica por conta da herança administrativa de FHC. Dele mesmo não há nada, salvo os escândalos do PT e dos petistas.
A própria D Dilma se dará conta de que não precisa de Lula para mais nada, porque ele já não é mais nada. Ela, ao assumir o posto, terá de conseguir identidade própria, e todos os lulistas de ocasião correm atrás dela. Em pouco tempo, Lula é uma página virada. Seus 80% de popularidade viram folha seca que o tempo soprará para bem longe.
No auge de ditadura, Médici chegou a 83% de popularidade, o PIB bateu todos os recordes, vestido na camisa do Flamengo, inaugurando a ponte Rio-Niterói, iniciando a Transamazônica, recebendo os tricampeões da Copa de 70.
Brasil, ame-o ou deixe-o, aquela história. O Brasil, fora dos “porões da ditadura”, era uma festa, enquanto Mário Andreazza asfaltava oito mil km de estradas pelo país. Tudo passou, como Lula vai passar e logo mais ninguém fala nele, e nem a Dilma quer vê-lo. Historicamente, a criatura manda sempre o criador para a cucuia.
Dilma poderá ser eleita, mas não poderá governar. Tem a cabeça oca. O Brasil está à beira de um incêndio.