domingo, outubro 24, 2010

LINCOLN


Lincoln, 1809-1865), presidente dos EUA, 1861-65, parece ser uma exceção. É o único intelectual de primeiro time que acreditava em democracia e gostava de povo. Li, reli e tresli a “Oração de Gettysburg”, as palavras que disse às tropas antes dessa batalha (duas batalhas) que virou a maré da Guerra Civil Americana e não encontrou a nota falsa, no “do povo e pelo povo” que ele propõe.


Era ateu, mas citava a Bíblia. Seu gênio inventou a nova prosa americana, coloquial, quase peluciosa, com uma simetria entre eloquência e simplicidade que fazia o zé-povinho entender o que dizia. Não conseguiu encontrar vulnerabilidades sobre que pudessem tripudiar. Lincoln, Abe para os íntimos, deve ser a exceção que confirmou a regra. Todo governante amalucado sonha com um retrato dele na parede. Menos o Lula, que só olha para o próprio umbigo.