sábado, outubro 09, 2010

MARINA, O QUE FAZER?


Segundo turno, Dilma e Serra, eleição no próximo dia 31. Lula anda bufando. Esperava uma lavagem estomacal nas urnas. Aconteceu de ele não eleger sua marionete, e por um detalhe que lhe doeu muito, tirou-lhe o sono e a confiança no que pode agora acontecer: Marina Silva, ex-ministra do meio-ambiente de seu governo, trocada pelo insuportável Mangabeira Unger. Caladinha, ética, sábia, ela não se suicidou. Não gosta de verbos essencialmente pronominais. Simplesmente pediu o boné.

Marina conquistou os brasileiros, principalmente o eleitorado jovem, que viu nela algo de diferença positiva. Sozinha, poucos recursos, subestimada pelos grandalhões da República, Marina saiu das urnas com surpreendentes e honrados 20 milhões de votos. Um espanto para Dilma e Lula que arrastou a eleição para um 2º turno.


E agora? Bom, agora, na sua sabedoria, na sua simplicidade, nos seus conhecimentos sobre o que será melhor para o Brasil, a pátria amada, idolatrada, salve, salve, Marina pede mais luz a Deus e decidirá de que lado fica. Mas não decidirá sozinha, como um Nero caboclo de polegar para cima ou para baixo.


Ouvirá seus partidários, talvez promova uma convenção etc. Ninguém acredita em apoio a Dilma. E apoiar Serra será uma questão muito pessoal dela. Mas há essa possibilidade, ainda assim somente depois de somar sugestões e conselhos de gente do coração político. Com tal votação expressiva, ela pode muito bem, desde agora, pensar em 2014.


Daí, o que resolver agora pode levá-la a uma verdade que nasceu com o homem – quem planta o bem, colhe o bem; quem planta o mal...

Marina, hoje, é bem mais “cantada” do que a encantada Marina do genial baiano Dorival Caymmi.

E sem pintura.