PERISCÓPIO
1. Antes, as empresas quebravam por incompetência de seus dirigentes. Agora, é a União, os Estados e os municípios que estão quebrando, mas não por culpa dos governantes. Culpa do mercado voraz cuja goela nunca está saciada.
2. Se você quer mesmo saber quem realmente manda numa empresa, examine as mesas. Quanto mais cheia a mesa, menos o seu ocupante manda. Quanto mais limpa a mesa, maior a autoridade.
3. Infelizmente, grande parte da mídia, acredito que na turma dos persuadidos, torna-se cúmplice do novo modelo de autoritarismo que Lula quer nos impor com o apoio da oposição. Elege como prioridade absoluta o sexo na praia, a eutanásia e começa a encher o saco com Dia das Mães.
4. Cid Gomes não tem gostado da maioria dos currículos que lhe chegam às mãos, caso decida mexer no secretariado por causa das eleições de 2010 (quem for candidato, tem de renunciar seis meses antes). Poucos passam no crivo se medi-los “do pescoço para cima”. São muitas as indicações reprovadas. Quem sabe, talvez tenha de botar anúncio em jornal, no “precisa-se”, e explicitar as exigências.
5. Muitos dos nossos times de futebol estão na bancarrota. Este esporte é o que está mais na alma brasileira, e que por isso mesmo reclama permanentemente maior presença do Estado, não como controlador, mas como incentivador das atividades desportivas no Brasil.
6. Sou de uma geração cheia de preconceitos e tabus, que não tolerava, por exemplo, a homossexualidade. Hoje, tudo é tolerado, e estou convencido de que amanhã será obrigatório. Tratarei de dar o fora.
7. Ando esquecido das boas anedotas. Não sei como começam, como terminam. Ainda bem. Nada mais chato que contador de piada. Como era mesmo aquela? Termina com uma grã-fina segurando o assaltante pelo braço, reclamando: “Tudo bem, fica com o escalpo, mas me devolve a peruca.”
8. De certa forma, e só por isso, todos nós, jornalistas, somos uns aristocratas. Já que nos dirigimos às pessoas que sabem ler.
9. Encerro a coluna ouvindo o singular, Paulinho da Viola, pequeno gênio pertencente à geração de sambistas que despontou na década de 60. Recebeu influências de compositores tradicionais, que desenvolve à sua maneira, modernizando-as sem desfigurá-las. Ele aqui interpreta sua obra-prima Foi um rio que passou na minha vida.
10. É um samba para o qual nenhum elogio basta, entre tantas belezas que compôs: “Ah, minha Portela / quando vi você passar / senti meu coração apressado / todo o meu corpo tomado / minha alegria voltar / não posso definir aquele azul / não era do céu / não era do mar / Foi um rio que passou na minha vida / e meu coração se deixou levar...”
2. Se você quer mesmo saber quem realmente manda numa empresa, examine as mesas. Quanto mais cheia a mesa, menos o seu ocupante manda. Quanto mais limpa a mesa, maior a autoridade.
3. Infelizmente, grande parte da mídia, acredito que na turma dos persuadidos, torna-se cúmplice do novo modelo de autoritarismo que Lula quer nos impor com o apoio da oposição. Elege como prioridade absoluta o sexo na praia, a eutanásia e começa a encher o saco com Dia das Mães.
4. Cid Gomes não tem gostado da maioria dos currículos que lhe chegam às mãos, caso decida mexer no secretariado por causa das eleições de 2010 (quem for candidato, tem de renunciar seis meses antes). Poucos passam no crivo se medi-los “do pescoço para cima”. São muitas as indicações reprovadas. Quem sabe, talvez tenha de botar anúncio em jornal, no “precisa-se”, e explicitar as exigências.
5. Muitos dos nossos times de futebol estão na bancarrota. Este esporte é o que está mais na alma brasileira, e que por isso mesmo reclama permanentemente maior presença do Estado, não como controlador, mas como incentivador das atividades desportivas no Brasil.
6. Sou de uma geração cheia de preconceitos e tabus, que não tolerava, por exemplo, a homossexualidade. Hoje, tudo é tolerado, e estou convencido de que amanhã será obrigatório. Tratarei de dar o fora.
7. Ando esquecido das boas anedotas. Não sei como começam, como terminam. Ainda bem. Nada mais chato que contador de piada. Como era mesmo aquela? Termina com uma grã-fina segurando o assaltante pelo braço, reclamando: “Tudo bem, fica com o escalpo, mas me devolve a peruca.”
8. De certa forma, e só por isso, todos nós, jornalistas, somos uns aristocratas. Já que nos dirigimos às pessoas que sabem ler.
9. Encerro a coluna ouvindo o singular, Paulinho da Viola, pequeno gênio pertencente à geração de sambistas que despontou na década de 60. Recebeu influências de compositores tradicionais, que desenvolve à sua maneira, modernizando-as sem desfigurá-las. Ele aqui interpreta sua obra-prima Foi um rio que passou na minha vida.
10. É um samba para o qual nenhum elogio basta, entre tantas belezas que compôs: “Ah, minha Portela / quando vi você passar / senti meu coração apressado / todo o meu corpo tomado / minha alegria voltar / não posso definir aquele azul / não era do céu / não era do mar / Foi um rio que passou na minha vida / e meu coração se deixou levar...”
1 Comments:
___________________________________
F A N T A S C Ó P I O
___________________________________
1.Para se enfrentar o monstro “capitalismo” é necessário ter sagacidade mercadológica. Tudo afunda diante da ganância financeira de pequenos grupos que dominam o grande mercado financeiro, muitas vezes, em conluio com governantes. Com isso leva de roldão a repartição do bolo, ficando a grande fatia para encher os bolsos desses
“pantagrueis”.
2. Sabe como você pode observar que quem manda mais em qualquer repartição pública ou empresa? Assim: Examine os equipamentos de trabalho e verá que a mesa de quem mais trabalha tem um velho computador, o birô é antigo e não tem telefone. Quanto mais sofisticada a mesa, mais autoridade.
3. A mídia é tão poderosa que faz até chover. Acredita-se que vendas pós chuvas aumentarão em 20%. Uma maneira fácil de enganar o sertanejo, somente pelo fato de que, com o inverno, o sertanejo que produziu cinco espigas de milho, terá mesa farta o ano inteiro.O Lula usará isso como forma de dizer que tudo vai bem. E a mídia forçará aos filhos dos pobres miseráveis, a conseguir dinheiro para comprar um celular, para ele dar de presente no dia das Mães. Quanto descaramento!
4. O “pescoção” é muito entendido, mas ele está numa “sinuca de bico”. Para ser seu secretário é necessário ser seu amigo ou amigo da sua família. Vai ser tarefa difícil mexer no secretariado com vistas às eleições de 2010. Na verdade, na política existe uma peculiaridade: não existem verdadeiros amigos, pois os verdadeiros amigos (se existem) estão fora da política. E se esse verdadeiros amigos entrarem para a política não serão mais amigos como dantes. Entendeu, meu camarada!
5. O futebol não é mais tão empolgante como outrora. Tempos atrás existia um certo fascínio até por àqueles que detestavam futebol. O problema é que o futebol, como outros esportes, nunca recebeu incentivo por parte do Estado. Concordo com a ajuda do Estado aos esportes, mas diferente daquela que o Paulo Maluf fez ao jogadores canarinhos. Absurdo!
6. Pois é, hoje, dizem, não existir tabus nem preconceitos.Eu estava conversando numa roda de amigos e amigas e chegamos a seguinte conclusão: “Cada um leva sua vida como quer”. Mas também nós chegamos a seguinte conclusão: “de que os nossos amigos homossexuais sempre querem algo mais além da simples amizade”. E são bem insistentes. Isso aumenta a discriminação. Mas se um dia for obrigatório, prefiro ter “botas de sete-léguas”.
7. Detesto àquelas piadas que dizem assim: O papagaio falou... O galo disse pra galinha...A xícara disse pro pires...Chato, pois nenhum deles falam. Mas tem uma assim. Um motorista dá carona a uma velhinha. O caminhão está com pouco óleo. Numa descida o ajudante lá da carroceria grita: Mete na baguela!... A velhinha abre um sorriso "escancarando", muito contente,a sua gengiva, sem dente nenhum.
8. Verdade! Certamente que existem alguns são jornalistas aristocratas. Outros, escrevem bem; outros não escrevem nada, não criam nada. Alguns, se posicionando até de ”vanguardistas”, só fazem críticas, nada mais. O jornalista tem que ser eclético. O jornalista, qualquer que seja ele, tem que sair do seu birô, da redação. Tem que passear na cidade, ouvir as pessoas simples, mesmo que seja no bairro onde moram. Não sempre, mas algumas vezes.
9. Encerro minha coluna com a chuva caindo nas telhas do meu barraco, ouvindo, um tanto nostálgico, mas alegre, a música ‘AZULÃO”, na voz de Jane Duboc, acompanhada ao piano por Paulinho Tapajós.
“Vai Azulão
Azulão companheiro vai
Vai ver minha ingrata
Diz que sem ela
O sertão não é mais sertão
Ah, voa, Azulão
Azulão, companheiro vai... “
10. Jayme Ovalle ( Jaime Rojas de Aragón y Ovalle) era considerado um esquipático, louco e um despreparado. Nascido em Belém do Pará, tendo chegado ao Rio em 1911. Sua formação cultural era precária e desconcertante, tendo muitas dificuldades para escrever e se expressar. Mário de Andrade, denotava, certa inveja ou tentando humilhá-lo, como era costume fazer naquela época e, quando em carta à Manuel Bandeira, escreveu "A incapacidade de criação dele é fantástica". Bandeira, talvez por ser nortista, quis amenizar a maneira de ser de Jayme Ovalle, o seguinte: "Você não sabe certos cães muito inteligentes, muito afetuosos, quando começam a olhar fixo pra gente, ganindo dolorosamente? querem falar e não podem. Ovalle me dá essa impressão" sentenciou injustamente Mário de Andrade.
Mas, para nós, não importa o que disseram de Jayme Ovalle, nem Mário de Andrade e nem outros críticos de sua personalidade. O mais importante que tudo, é que ele inspirou uma plêiade de famosos literatos: Manuel Bandeira, inspirou Dante Milano, Vinicius de Moraes, Augusto Frederico Schmidt, Olegário Mariano, Murilo Mendes, Fernando Sabino, Otto Lara Resende, Carlos Drummond de Andrade e, até o seu maior crítico, que foi Mário de Andrade. Afora os escritores, inspirou o grandes compositores, dentre eles cito Heitor Villa-Lobos.
Uma criatura incrível, o Jayme Ovalle, uma verve esplendorosa. Só ele sabia contar os acontecimentos de maneira tão sutil e bem peculiar. Uns, o taxavam de místico, outros, de sensitivo. Sua idiossincrasia era inigualável. Enamorou-se de uma pomba que sempre pousava na janela de seu apartamento. Outra vez, enamorou-se perdidamente por um manequim de vitrine de uma loja situada na rua Gonçalves Dias ( é o que dizem). Mas, tudo isso parecia ser mais uma brincadeira dos amigos admiradores de Jayme Ovalle, querendo demonstrar seu comportamento infantil e “sui generis”. No caso dos amigos dizerem que enamorou-se de uma pomba, foi brincadeira de Vinicius de Moraes, só porque Jayme Olvalle compusera a música “Azulão” e Vinicius, por brincadeira, queria dizer que o “Azulão” foi traído por um pombo.
Jayme Ovalle, na sua puerilismo de boêmio, achava que podia reescrever a bíblia. Apesar da sua pequena produção literária de Ovalle (duas obras não publicadas), o que foi mais interessante em sua vida foi exercer influência em grande número de literatos, como os citados acima, merecendo de Manuel Bandeira o seguinte poema:
Poema só para Jayme Ovalle:
"Quando hoje acordei, ainda fazia escuro
(Embora a manhã já estivesse avançada).
Chovia. Chovia uma triste chuva de resignação
Como contraste e consolo ao calor tempestuoso da noite.
Então me levantei, Bebi o café que eu mesmo preparei,
Depois me deitei novamente, acendi um cigarro e fiquei pensando...
- Humildemente pensando na vida e nas mulheres que amei."
Música orquestral: Pedro Álvares Cabral, opus 16, poema sinfônico, s.d.; Música de câmara: Dois improvisos, p/três clarinetas, s.d.; Música instrumental: Desafio, opus 6, n 2, p/plano, s.d.; Dois retratos: n° 1 — Manuel Bandeira; o 2— Maria do Carmo, opus 14, p/piano, s.d.; Noturno, opus 25, p/piano, s.d.; Scherzo, opus 9, n° 2, p/piano, s.d.; Música vocal: Azulão, opus 21, p/canto e piano, s. d.; Berimbau, opus 4, p/canto e piano, s.d.; Modinha, opus 5, p/canto e piano.
10.(A).Vila Lobos fez arranjo especial para AZULÃO. Mas depois de ouvir a música na voz de Jane Duboc, vou ouvir BACHINIANA BRASILEIRA Nº 5, com a excelente "Amel Braim"
Postar um comentário
<< Home