O HOMEM E O MOSQUITO
Acontece que os jovens de hoje, ao contrário de nossos avós espantados, nem mais se importam com o mundo eletrônico que têm aos pés. Digo melhor, aos dedos. Na verdade, quem se espanta somos nós, quando vemos a Internet, o DVD, o celular que fotografa, passa e-mail, grava, tem viva-voz, o escambau. Quase do tamanho de uma caixa de fósforo, é um monumento à inteligência criativa do homem, evoluída desde o velho Graham Bell.
O homem passou da idade da pedra ao século XXI por um processo instantâneo de adaptação cultural. Imagina o que nos aguarda nos próximos 20 anos.
Devemos prever que hão de vir não só uma onda de mudanças formidáveis, mas uma série de transtornos e convulsões. Os elementos da nova sociedade, em lugar de serem ajustados uns aos outros, serão cada vez mais discordantes, além de revelarem impressionantes vazios e enormes contradições.
Não demora muito, e a medicina será de todo guiada por um banco de dados. O clínico geral, depois de ouvir o cliente, consulta o computador, e este fará para ele o diagnóstico, adiantando-lhe o respectivo tratamento. (Só não conseguirá jamais diminuir o preço dos remédios, sempre escandalosamente altos e crescentes). Até mesmo as administrações públicas, nos três níveis, dispensarão a maioria de seus servidores, visto que as centrais eletrônicas trabalharão por eles, com a mais absolta eficácia, sem reclamar aumentos nem fazer greve, sem FGTS nem férias, sem licença para tratamento de saúde nem leitos no INSS.
E o homem? O que sobrará para o homem nesse mundo de computadores e robôs? Nada. Nadica de nada. O homem ficará escravo de si mesmo, acorrentado a botões. Justamente por isso Deus o criou no sexto dia, perdendo para o mosquito, inventado antes dele.
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/////// - BLOGO.ÉS.FERA - \\\\\\\\
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O HOMEM PERNA LONGA
Acontece que os novos neandhertais, ao contrário de seus ancestrais, não são mais capazes de raciocinar. Tudo já vem pronto e acabado. É preciso ter consciência que as tecnologias não nascem, precipuamente, para o bem estar humano mas, pelo contrário, para escravizar o homem. No emaranhado confuso de escolhas o homem perde a sua identidade, não sabendo distinguir com raciocínio lógico, com locubrações, as tecnologias inservíveis, que nascem da exigência de adequar apretrechos novos, produzindo novos desejos, com a finalidade de dominar a presente e as futuras gerações, e até mesmo, o ambiente cultural.
O homem moderno sente que a sua missão se restringe a posse plena deste mundo. Assim, o ritmo avançado das ciências e das técnicas transformam a face da terra. Os países altamente industrilizados apresentam mutações tecnológicas cada vez mais rápidas e violentas, gerando o aparecimento do “ homo tecnologicus”, que só sabe acionar botões, mecanicamente. Daí, surgirem personalidades obsessivas e estranhas: crianças com 10 anos com aparência e comportamento de adultos; idosos que aos setenta voltam a ser crianças de dez anos. Milionários que ostentam uma pobreza franciscana e pobres miseráveis se passando por milionários. Muitos contestadores são conformistas. Todos se perdem no vazio do consumismo. Devido ao excesso de tecnologias inservíveis e descartáveis, cujo poder de dorformação interfere nos caracteres positivos, é que o homem moderno sofre, magoa e quer dominar. A solidadriedade desaparece quando é substituída pelo vazio da massificação. Os valores pessoais não contam, o que conta é a produção em série. O homem tende a se tornar um “das Man” (um Se). Não é mais ele, mas uma terceira pessoa, um urbanóide se esgueirando pelas logradouros periculosos da cidade grande. Faz o que todos fazem, veste o que todos vestem, escreve e lê como os outros escrevem e lêem. Mas, o que é mais lastimável é que os ideais de liberdade do neandhertal moderno são os mais baixos de toda a história da humanidade. Ideais baseados na promoção do egoísmo, na soberba, na falta de respeito ao próximo, na permissividade e no hedonismo.
Além de querer ter as “Botas de Sete Léguas”o ser humano ambicioso não se contenta, quer ter pernas longas. E as palavras em favor dos pobres, dos doentes, dos esfomeados, dos favelados são marcados pelo um vergonhoso utilitarismo. Utilitarismo até da miséria e do sofrimento humano. Assim, é mais fácil cortar a cadeia de transmissão do “Amai-vos uns aos outros” ensinado por Deus, do que acabar com o ciclo evolutivo do mosquito, ou de qualquer pernilngo, pois estes são de interesses capitalistas, dos homens pernas longas.
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