*****Ninguém quer adotar um adulto. Só criança, de preferência loura. Ora, adulto não dá trabalho, e se derrama água no banheiro,não come o sabonete. Adulto ajuda a arrumar a casa e é um bom substituto para o cachorro. A superioridade sobre o bebê é inquestionável. Adote um adulto. Por que não adotar o Daniel Dantas ou o Jarbas Barbalho?
*****Há uma diferença entre o jornalista e o escritor. O que caracteriza o jornalismo é o improviso do efêmero. O que caracteriza o escritor é a tendência para converter o efêmero em perdurável.
*****A esquerda democrática se diz no poder. Outro blefe em relação às expectativas que criou e ao que podia ter sido. Ou talvez esse blefe tenha uma história antiga, e nós não tínhamos notado.
*****Ouvi esta prece de um peregrino que foi à Meca e que passei a empregá-la como complemento de minha oração matinal: -- Meu Deus, livrai-nos das caras tristes!
*****É preciso acender a luz. O Brasil não são apenas pontes, viadutos, hidrelétricas, soja, eletrodomésticos. Deve livrar-se de sua pobreza vergonhosa aos olhos do mundo. Ser justo. E pode ser pobre e decente, sem a corrupção afrontosa que nos separam da multidão infinita dos deserdados.
*****No Brasil, lugar denegro é na cozinha. Os que ousam sair de lá e vir para a sala é porque já deixaram de ser negros. Pouco importa a cor da pele: ser negro é, antes de tudo, ser pobre. Negro rico é coisa rara, causa estranheza. E contra o pobre, sim, branco ou negro, o brasileiro tem preconceito.
*****Odeio puxa-sacos. Sobretudo o sadomasoquista puxa-saco. Na formulação clássica, se deixassem, seguiria o líder ao banheiro e lhe abriria a braguilha.
*****Encerro a coluna ouvindo a voz de Lupicínio Rodrigues, rouca e engraçada, cantando uma das suas obras-primas, Nervos de Aço, um samba-canção de 1947, música surgida depois de uma grande desilusão do autor, quando a mulata Inah, paixão de sua vida, abandonou-o após seis anos de romance. O poeta prometia, prometia, mas não casava...
___________________________________ Eu sou um faz-tudo, não sou nada. Um insignificante pesquisador de freguesia que colaborou em inúmeros livros para que seus autores colocassem seus nomes, que ninguém leu e todos detestaram. Como bloguista, nunca ganhei um único prêmio, perdi minha saúde em noites em claro, só para encher a cabeça e dar fama ao dono do blog. Em resumo, muito sumo. É só o começo. ___________________________________
C R O N O S C Ó P I O ___________________________________
*****É verdade! Pura verdade... ninguém quer mais adotar nem criança, e principalmente velhos. Com tudo isso, há idosos por aí, freqüentando academias, querendo ganhar massa corporal sem ter massa nenhuma. Muitos deles são solitários, abandonados, tristes, com suas esquisitices e manias, acha que o mundo inteiro está errado, só ele é o certo. Quando o idoso tem algum recurso, uma herança mesmo pequena, aparece, vez em quando, uma ajudinha interesseira de um parente ou de um amigo. Quando não possui,toda a família acha que o idoso dá trabalho demais, acha que já está na hora dele ter um “peripaque”.
*****Mas, como hoje é domingo, dia de alegria para os que são alegres, deixemos as tristezas de lado. Nos dez (10) jornais de que sou assinante procuro cumprir a minha missão de leitor, à cata de boas informações e de bons artigos. Muitas vezes, busca infrutífera. Leio as opiniões de jornalistas e escritores que tentam empurrar no leitor, goela abaixo, qualquer coisa, desde que o seu espaço no jornal esteja cheio de palavras, mesmo que conteúdos sem nexo e pensamentos efêmeros.
***** Meu amigo, esse negócio, de esquerda e direita, é balela. Esquerda, direita, centro, centro-esquerda, extrema-direita, isso depende muito a posição em que você se encontra no momento, e que é favorável ao seu interesse. É como jogador de futebol que atuando em um time defende a camisa time com galardão. Contratado por time adversário, a coisa muda. Entendeu, meu camarada?
***** E por falar em Meca, e já que hoje é domingo, dia de alegria, eu me lembrei uma música de carnaval que diz assim: “Mamãe, eu vou ser soldado de Israel / não tem água no cantil / mas tem mulher no quartel / além disto, guerra é guerra, mamãe / e vai ser sopa no mel.” Você, por acaso, sabe quem são os autores ou o autor deste“sambinha”?
***** O brasileiro ama o Brasil. Se não houvesse corrupção o brasileiro inventaria. No Brasil, para alguns, tem que existir, favela, samba, morro. Conheço de OPINIÃO, gente que a prefeitura já deu casa em área urbanizada, mas ele retorna à favela. Talvez,nas favelas, apesar da sujeira reinante, existam mais interações entre vizinhos. Não sei, vamos contratar um sociólogo? Mas, a palavra morro me faz lembrar o ZÉ KETI, com a música OPINIÃO:
"Opinião" Podem me prender/Podem me bater/Podem, até deixar-me sem comer Que eu não mudo de opinião/Daqui do morro/Eu não saio, não
Se não tem água/Eu furo um poço/Se não tem carne Eu compro um osso/E ponho na sopa/E deixa andar Fale de mim quem quiser falar/Aqui eu não pago aluguel Se eu morrer amanhã, seu doutor/Estou pertinho do céu .
*****O brasileiro tem preconceito de tudo. Verdade. Alguns até da Pátria. Qualquer quiquilharia comprada no Paraguai é mais elogiada do que as quinquilharias daqui. Basta um estrangeiro chegar com seu sotaque, ele é bem tratado nos restaurantes. Incrível. Aqui dentro do nosso país existem muitos preconceituosos: preconceito ao idoso, à criança, à mulher, ao negro, etc. Sérgio Buarque escreveu: "Branca para casar, mulata para f.... e negra para trabalhar". Neste aspecto só tenho preconceito com macho, podem vir as de qualquer cor e raças.
"AGUENTA A MÃO, JOÃO" Composição: Adoniran Barbosa e Hervê Cordovil.
Não reclama/Contra o temporal Que derrubou teu barracão Não reclama Aguenta a mão, João Com o Cibide aconteceu coisa pior Não reclama/Pois a chuva só levou a tua cama/Não reclama Aguenta a mão, João Que amanhã tu levanta Um barracão muito melhor
Com Cibide, coitado, não te contei Tinha muita coisa mais no barracão A enxurrada levou seus tamancos e um lampião E um par de meias que era de muita estimação O Cibide tá que tá dando dó na gente Anda por aí com uma mão atrás e outra na frente
Não reclama Contra o temporal...
***** Interessante a humanidade!!! Tem gente que prefere viver sendo odiado, outros queridos, outros escondidos e – são muitos – os que querem ser endeusados. Há os que não querem puxa-sacos, embora gostem de ser elogiados. É assim mesmo. O Zé Grauçá, cantador da Cidade de Cajazeiras, na Paraíba, dizia assim:
Eu não sei como se viva Num mundo tão enganoso: Se comer pouco, é mesquinho; Se comer muito é guloso; Se andar lorde, é vadio; Se andar sujo, é preguiçoso; Se apanhar, é mofino... Se matar, é criminoso...
MEU AMIGO, EM BRIGAS DE VELHOS. OS CÓICES SÃO MAIS CURTOS DO QUE “CÓICES DE BACURIM”
***** Encerro minha coluna ouvindo a música TARDE EM ITAPUÃ, do Toquinho e do Vinicius. Eu, relaxando tranquilão, na minha rede amarrada entre dois coqueiros, ouvindo o marulho do mar.
Um velho calção de banho,/o dia pra vadiar. /um mar que não tem tamanho, e um arco-íris no ar. Depois, na praça caymmi,/sentir preguiça no corpo/e numa esteira de vime beber uma água de coco, é bom. Passar uma tarde em itapuã, ao sol que arde em itapuã. ouvindo o mar de itapuã,falar de amor em itapuã. Enquanto o mar inaugura/um verde novinho em folha, argumentar com doçura/com uma cachaça de rolha. E com olhar esquecido/no encontro de céu e mar, bem devagar ir sentindo/a terra toda rodar, é bom. Passar uma tarde em itapuã... /Depois sentir o arrepio do vento que a noite traz, e o diz-que-diz-que macio que brota dos coqueirais. E nos espaços serenos, sem ontem nem amanhã, dormir nos braços morenos da lua de itapuã, é bom.
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Eu sou um faz-tudo, não sou nada. Um insignificante pesquisador de freguesia que colaborou em inúmeros livros para que seus autores colocassem seus nomes, que ninguém leu e todos detestaram. Como bloguista, nunca ganhei um único prêmio, perdi minha saúde em noites em claro, só para encher a cabeça e dar fama ao dono do blog. Em resumo, muito sumo. É só o começo.
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C R O N O S C Ó P I O
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*****É verdade! Pura verdade... ninguém quer mais adotar nem criança, e principalmente velhos. Com tudo isso, há idosos por aí, freqüentando academias, querendo ganhar massa corporal sem ter massa nenhuma. Muitos deles são solitários, abandonados, tristes, com suas esquisitices e manias, acha que o mundo inteiro está errado, só ele é o certo. Quando o idoso tem algum recurso, uma herança mesmo pequena, aparece, vez em quando, uma ajudinha interesseira de um parente ou de um amigo. Quando não possui,toda a família acha que o idoso dá trabalho demais, acha que já está na hora dele ter um “peripaque”.
*****Mas, como hoje é domingo, dia de alegria para os que são alegres, deixemos as tristezas de lado. Nos dez (10) jornais de que sou assinante procuro cumprir a minha missão de leitor, à cata de boas informações e de bons artigos. Muitas vezes, busca infrutífera. Leio as opiniões de jornalistas e escritores que tentam empurrar no leitor, goela abaixo, qualquer coisa, desde que o seu espaço no jornal esteja cheio de palavras, mesmo que conteúdos sem nexo e pensamentos efêmeros.
***** Meu amigo, esse negócio, de esquerda e direita, é balela. Esquerda, direita, centro, centro-esquerda, extrema-direita, isso depende muito a posição em que você se encontra no momento, e que é favorável ao seu interesse. É como jogador de futebol que atuando em um time defende a camisa time com galardão. Contratado por time adversário, a coisa muda. Entendeu, meu camarada?
***** E por falar em Meca, e já que hoje é domingo, dia de alegria, eu me lembrei uma música de carnaval que diz assim: “Mamãe, eu vou ser soldado de Israel / não tem água no cantil / mas tem mulher no quartel / além disto, guerra é guerra, mamãe / e vai ser sopa no mel.”
Você, por acaso, sabe quem são os autores ou o autor deste“sambinha”?
***** O brasileiro ama o Brasil. Se não houvesse corrupção o brasileiro inventaria. No Brasil, para alguns, tem que existir, favela, samba, morro. Conheço de OPINIÃO, gente que a prefeitura já deu casa em área urbanizada, mas ele retorna à favela. Talvez,nas favelas, apesar da sujeira reinante, existam mais interações entre vizinhos. Não sei, vamos contratar um sociólogo? Mas, a palavra morro me faz lembrar o ZÉ KETI, com a música OPINIÃO:
"Opinião"
Podem me prender/Podem me bater/Podem, até deixar-me sem comer
Que eu não mudo de opinião/Daqui do morro/Eu não saio, não
Se não tem água/Eu furo um poço/Se não tem carne
Eu compro um osso/E ponho na sopa/E deixa andar
Fale de mim quem quiser falar/Aqui eu não pago aluguel
Se eu morrer amanhã, seu doutor/Estou pertinho do céu .
*****O brasileiro tem preconceito de tudo. Verdade. Alguns até da Pátria. Qualquer quiquilharia comprada no Paraguai é mais elogiada do que as quinquilharias daqui. Basta um estrangeiro chegar com seu sotaque, ele é bem tratado nos restaurantes. Incrível. Aqui dentro do nosso país existem muitos preconceituosos: preconceito ao idoso, à criança, à mulher, ao negro, etc. Sérgio Buarque escreveu: "Branca para casar, mulata para f.... e negra para trabalhar". Neste aspecto só tenho preconceito com macho, podem vir as de qualquer cor e raças.
"AGUENTA A MÃO, JOÃO"
Composição: Adoniran Barbosa e Hervê Cordovil.
Não reclama/Contra o temporal
Que derrubou teu barracão
Não reclama
Aguenta a mão, João
Com o Cibide aconteceu coisa pior
Não reclama/Pois a chuva só levou a tua cama/Não reclama
Aguenta a mão, João
Que amanhã tu levanta
Um barracão muito melhor
Com Cibide, coitado, não te contei
Tinha muita coisa mais no barracão
A enxurrada levou seus tamancos e um lampião
E um par de meias que era de muita estimação
O Cibide tá que tá dando dó na gente
Anda por aí com uma mão atrás e outra na frente
Não reclama
Contra o temporal...
***** Interessante a humanidade!!! Tem gente que prefere viver sendo odiado, outros queridos, outros escondidos e – são muitos – os que querem ser endeusados. Há os que não querem puxa-sacos, embora gostem de ser elogiados. É assim mesmo. O Zé Grauçá, cantador da Cidade de Cajazeiras, na Paraíba, dizia assim:
Eu não sei como se viva
Num mundo tão enganoso:
Se comer pouco, é mesquinho;
Se comer muito é guloso;
Se andar lorde, é vadio;
Se andar sujo, é preguiçoso;
Se apanhar, é mofino...
Se matar, é criminoso...
MEU AMIGO, EM BRIGAS DE VELHOS.
OS CÓICES SÃO MAIS CURTOS DO QUE
“CÓICES DE BACURIM”
***** Encerro minha coluna ouvindo a música TARDE EM ITAPUÃ, do Toquinho e do Vinicius. Eu, relaxando tranquilão, na minha rede amarrada entre dois coqueiros, ouvindo o marulho do mar.
Um velho calção de banho,/o dia pra vadiar. /um mar que não tem tamanho,
e um arco-íris no ar.
Depois, na praça caymmi,/sentir preguiça no corpo/e numa esteira de vime
beber uma água de coco, é bom.
Passar uma tarde em itapuã, ao sol que arde em itapuã.
ouvindo o mar de itapuã,falar de amor em itapuã.
Enquanto o mar inaugura/um verde novinho em folha,
argumentar com doçura/com uma cachaça de rolha.
E com olhar esquecido/no encontro de céu e mar,
bem devagar ir sentindo/a terra toda rodar, é bom.
Passar uma tarde em itapuã... /Depois sentir o arrepio
do vento que a noite traz,
e o diz-que-diz-que macio
que brota dos coqueirais.
E nos espaços serenos,
sem ontem nem amanhã,
dormir nos braços morenos
da lua de itapuã, é bom.
VOCÊ É MEU CONVIDADO.
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