sábado, março 14, 2009

PERISCÓPIO

***** O grampo é o melhor retrato do Brasil de hoje. Talvez não chegue a se igualar à mansão de 25 milhões daquele moço de Brasília, a nossa Roma moderna, à espera de alguém que mande incendiá-la, um Nero esquerdista-centrista-direitista que, se me deixasse o número, eu o pediria para cantar um hino aos brasileiros humilhados e ofendidos. Caso não pudesse, o Protógenes cantaria ao telefone grampeado.


***** Pensando bem, meus americanos favoritos ou são judeus ou meio-judeus, ou são negros e tocam um instrumento ou praticam esportes. Prefiro o emocionalismo latino ao laconismo americano e acho o sangue-frio uma das piores qualidades humanas.


***** Busc foi o mais burro – talvez o único burro – dos presidentes americanos. Do jeito que queria pôr as mãos em Osama bin Laden, demonstrou apenas uma inacreditável burrice. Foi como designar sua manada de elefantes para encontrar uma mosca. E jamais encontrarão o maluco fundamentalista.


***** Não há copidesque no mercado, nem o do melhor computador, que consiga tirar uma vírgula que seja de qualquer bula acompanhante dessa droga nacional que é nosso Congresso. Se conseguir tirar, o Congresso piora e desaba na generalidade.


***** E se o sexo não fosse bom? Teria de ser compulsório, como pagar imposto de renda. As pessoas saberiam que ele é necessário, mas gostariam que outros o fizessem por elas. Os governos estabeleceriam prazos para os cidadãos terem a sua relação sexual do ano, sob pena de multa. Adolescentes seriam vigiados severamente pelos pais.


***** No Brasil, quando se trata de corrupção, nossos esforços são inúteis. O purgante não faz efeito, o susto não educa e os gatos escaldados correm todos para a panela.

1 Comments:

Anonymous Anônimo said...

*****MEDITANDO. Meus brasileiros favoritos ou são negros ou são índios, são cantores ou jogadores de futebol. Explico: na culinária, o negro. Na miscigenação, a mulata. Do índio, boa rede de dormir e um peixinho moqueado. Pena que só exista um representante negro de significativa importância no Brasil, que é o Pelé. Nenhum mais, nem na política, nem nas artes, nem na liteteratura. Prefiro a "cordialidade" do homem brasileiro, que o Sérgio defende. Para ter sangue frio é preciso ter sangue quente. O sangue do brasileiro é morno. Inadmissível certo atos dos americanos, como a guerra do Iraque, que para o historiador Arthur Schlesinger, no seu livro "War and the american presidency", publicado em 2004, critica a política externa do presidente George W. Bush e qualifica a invasão do Iraque de "confusão monstruosa".

*****FILOSOFANDO a esmo. Falam que a máquina humana é perfeita. Peço perdão ao fabricante, para não ser castigado. Mas acho a máquina humana contraditória. Sim, por que somos feitos de necessidades básicas como beber, comer, dormir, evacuar, sexo etc. Todos os dias sentimos estas necessidade no nosso existir, menos o sexo. O sexo deveria ser uma necessidade assim, diária, indepedente de moral e dos costumes. Independente de amor. Hoje há quem defenda que fazer sexo é uma coisa, fazer amor é outra. E então?! Se fosse compulsório não tinha graça, seria pura obrigação. Se fosse como o imposto de renda, seria desigual, pois só seria praticado uma vez no ano. Os adolescentes, dependentes dos país, teriam que depender do pai. Não daria certo. Se o sexo fosse como o imposto de renda, coitadinho dos pobres, não teriam como declarar.
Mas, se o sexo fosse uma necessidade diária, como um almoço ou uma janta, seria bom demais. Poderíamos escolher o nosso prato e, quando estivessemos com fome de sexo, comeríamos tudo que encontrasse pela frente. Hoje eu quero uma morena, ou uma loira, ou uma gordinha, uma magrinha. Se o sexo fosse uma necessidade diária, inexistiria a prostituição, o crime de assédio sexual e de sedução. Incrível, vocês já imaginaram que coisa fabulosa se o sexo fosse uma necessidade normal como almoçar ou jantar. A infidelidade conjugal diminuiria sensivelmente, pois só seria verdadeiramente infiel quando o ato sexual fosse efetivado. Ah, se o sexo fosse uma necessidade como uma refeição, poderíamos fazer em qualquer lugar, em qualuqer restaurante, até no meio da rua. Nada seria recriminado. Se fosse uma necessidade comum, diária, nenhum de nós precisaria andar vestido, não compraríamos roupas caras, não seríamos discriminados pelo vestir. Se o sexo fosse uma necessidade diária, como comer ou dormir, áquela minha vizinha, quarentona, malhada, que está solteira faz tempo, sempre teria em minha casa um prato de comida e uma cama aconchegante para dormir.

7:40 AM  

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