sábado, setembro 06, 2008

QUEM É FELIZ NÃO É VIOLENTO


Os jornais trazem, todos os dias, notícias e mais notícias sobre chacinas. Clamam aos céus porque não são mais do que violência e porque também não são fatos isolados.

A pena de morte, tão repelida pela sociedade, está nas mãos dos bandidos. Lida-se, no Brasil, com o cotidiano da morte institucionalizada, como se matam porcos, com uma diferença: -- estes gritam, denunciam as regras da natureza, que é viver, e os homens não, porque estão dormindo. Mata-se em São Paulo. Mata-se no Rio de Janeiro, em Fortaleza, em Maceió, no Nordeste, no país inteirinho e, o que é terrível, o comprometimento de quadros significativos do aparelho policial com o crime.

Cria-se uma aliança hedionda, numa contradição trágica. O crime desperta revolta, mas essa revolta passa a ser o próprio crime, e o Estado, responsável pela segurança e pela ordem pública, transforma-se em algoz do próprio povo, um povo que se sente ocupado pelas hordas de um particular apocalipse.

É claro que podemos esquecer, até por justiça, que por trás de tudo isso está a questão social. Com o desemprego, a recessão acumulada, a palidez e principalmente a politicalha dos programas sociais. Por meio deles o governo dá a esmola em troca do “Deus lhe pague” na urna eleitoral, chega-se a acúmulos de itens administrativos apodrecidos como a desvalorização do salário, a fome, a doença, gente abandonada em corredores de hospitais abandonados.

O país está nervoso, tensionado. É preciso restabelecer a paz brasileira, tão paz, tão amiga, tão companheira, tão serena. Devolver-lhe a segurança, a tranqüilidade e esta palavrinha bem ao feitio da pátria amada gentil – paz. Porque quem vive em paz é feliz, e quem é feliz não é violento.

1 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Matar... Morrer...O crime está institucionalizado. As penitenciárias são verdadeiras universidades do crime. Hoje em dia, quem é pobre, daqueles que sobrevivem em favelas, convivem com uma situação angustiante e vexatória. Habitam em lugares extremamente violentos, onde se misturam gente humilde com a marginalidade, mercê do banditismo que assola a periferia das grandes cidades. Por receio e por temor, muitos pais de família calam-se diante da violência e não colaboram com as autoridades policiais por temerem ser executados pelos bandidos, que pode está morando ao lado de sua casa. O perigo ronda a família brasileira, principalmente daqueles que são mal aquinhoados de salários. Nas zonas periféricas de nossa cidade, as escolas públicas nada ensinam, são verdadeiros faz-de-conta e, muitos dos alunos matriculados nestas escolas são pequenos adolescentes, querendo a todo custo uma melhora de vida para si. Infelizmente, vivemos um tempo de competitividade, de luta pela sobrevivência, de carência de empregos e, muitas pessoas não conseguem uma colocação no mercado de trabalho, daí, a única alternativa que lhes sobra é o caminho do crime. Não que eu esteja justificando um comportamento delinqüente culpando a pobreza como porta de entrada para o crime, mas, certamente, a pobreza, a falta de emprego é situação incentivadora para o caminho da delinquencia, principalmente daqueles jovens que moram em áreas de risco, pois convivem diariamente com verdadeiros professores do crime. Não se sabe mais o que fazer. A decadência social é grande. Salve-se quem puder.

1:15 AM  

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