sexta-feira, abril 20, 2007

SÓ FREI GALVÃO

Num país civilizado, com gente de vergonha e eleitor consciente, a reeleição tem dado certo em todo eles. No Brasil, todavia, um país moralmente bordejante, políticos decepcionantes e eleitorado inconsciente, um mandato de quatro anos – reconheça-se – é pequeno. Mesmo um de cinco. Só que, no caso da reeleição, não há um escasso brasileiro que não tenha absoluta certeza do uso dos tapetes palacianos em benefício próprio.

E aí é onde a porca torce o rabo. Basta ver que, mesmo não sendo candidato em 2010, por impossibilidade constitucional, Lula que fazer seu sucessor a peso de ouro e de 12 mil cargos para garantir a volta em 1914. Age aberto. Seu ministério é uma bem urdida peça de xadrez com esse fim. Os tucanos Aécio e Serra não amedrontam. Quando muito, moscas na ponta do nariz. Lula elege o sucessor. Jogará duro. E daí em diante só Frei Galvão...