VIOLÊNCIA E MUTIRÃO
A violência, com favela ou sem favela do Alemão, desfigurou o Brasil. Corroeu nosso estilo de vida, fulminou a fisionomia de uma pátria de irmãos. Somos um povo com medo da própria sombra. Um povo que se sente ocupado pelas hordas de um particular apocalipse.
Nas grandes (e nas pequenas) cidades há quem mate por matar. Não leva nada da vítima, Foi só “o prazer de matar”, como fazem os psicopatas. E matam ricos. E matam pobres. E em torno das residências cavam-se fossos e se levantam guaritas, ou pesadas grades que encarceram o sono.
Que fazer? Tudo o que for possível. Sim, porque há outro tipo de violência, decorrente do próprio modo de vida das grandes cidades modernas, com seus dramas e suas neuroses. E ainda a violência que dorme no coração dos homens, em qualquer sociedade, inclusive nas mais desenvolvidas ou justas.
Vivemos um tempo de atrocidades inauditas. Estes tempos são a maior câmara de horrores da história, sugerindo o fim do humanismo.
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