sábado, setembro 18, 2010

NA BOCA DO SENADO


São duas vagas para o Senado. A de Tasso Jereissati, segundo as pesquisas, está garantida. A outra vaga tem provocado uma feroz briga interna entre Eunício Oliveira, do PMDB, e Moisés Pimentel, do PT, que parecem aliados palestinos e israelenses. Empatados tecnicamente nas pesquisas, difícil prever quem chega lá. Mas qualquer dos dois não soma nada. Será mero figurante. O Ceará jamais foi tão pobre, quase mendigo, em representação parlamentar.


Do senador Carlos Jereissati (duas vezes deputado federal, presidente nacional do PTB e senador, cargo que ocupou por menos de um ano, pois morreu do coração no Rio de Janeiro, em maio de 1963, aos 47 anos) a esta data, só escapam Tasso e Virgílio Távora, de saudosa memória.


César Cals foi um bom senador, mas só tirou dois anos, depois de deixar a cadeira de Ministro das Minas e Energia. Seu suplente, Almir Pinto, devolveu-lhe o posto na marra. E olha que César é tido como um dos maiores governadores da história do Ceará (1971-1975), ao lado do seu excelente prefeito, Vicente Fialho, a quem os cearenses devem tanto.


O lamaçal que é o Senado de hoje, e de tão podre como quase todo o Congresso Nacional, precisa de urgente e especial saneamento básico. É um dos piores espaços parlamentares do país, onde só se aguenta entrar com o lenço no nariz.