domingo, janeiro 27, 2008

SENHOR


E muito a propósito, eu estava, um dia, nos bastidores da Globo, ouvindo uma entrevista de Drummond. A repórter, linda que só, insistia em tratar o poeta de “senhor”. E era “senhor” pra cá, e era “senhor” pra lá. De repente, o grande Carlos Drummond de Andrade pediu licença e reprovou de improviso:



Não me chame de senhor,

Que eu não sou tão velho assim,

E a seu lado, meu amor,

Não sou senhor nem de mim...