SENHOR
E muito a propósito, eu estava, um dia, nos bastidores da Globo, ouvindo uma entrevista de Drummond. A repórter, linda que só, insistia em tratar o poeta de “senhor”. E era “senhor” pra cá, e era “senhor” pra lá. De repente, o grande Carlos Drummond de Andrade pediu licença e reprovou de improviso:
Não me chame de senhor,
Que eu não sou tão velho assim,
E a seu lado, meu amor,
Não sou senhor nem de mim...
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